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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Como Contratar um Designer


A primeira medida e dificuldade é a escolha do proficional. Para começar troque idéia com amigos que já recorreram a arquitetos e decoradores. Outra dica é consultar revistas especializadas e visitar mostras de decoração. Isso aumenta seu repertório, o que ajuda na hora de verbalizar os desejos, diz a presidente da Associação de Designer de Interiores(ABD). Definindo um nome, marque uma entrevista, peça para ver o Portfólio, visite obras prontas e se possível converse com moradores."É uma forma de checar a idoneidade do profissional, não há cartão de visitas melhor que os clientes", afirma a Decoradora Renata Amaral, diretora da ABD.

Saiba falar e ouvir


Tão importante quanto encontrar alguém íntegro e competente é descobrir se há a afinidade estética. “Não adianta buscar um projeto neoclássico em um escritório identificado com o moderno”, acredita o arquiteto Silvio Oksman. Na dúvida, vá atrás de mais nomes. “Comparo a uma consulta médica. Se não se sentir seguro, busque outro diagnóstico”, diz Brunete. Para ter a casa que tanto deseja, você precisará falar de seus gostos e restrições. Um bom projeto é fruto de muito diálogo.

As funções de cada um

Tenha claras as funções de cada profissional, mas saiba que muitas vezes elas se confundem. O arquiteto projeta casas e conduz reformas, além de cuidar da parte de interiores. “Somos treinados a otimizar espaços e evitar desperdício de tempo e de material”, diz a arquiteta Betty Birger, vicepresidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea). Antes de contratá- lo, recomenda-se verificar se está cadastrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). Já a função do decorador é planejar espaços internos, encontrar a melhor solução estética, definir acabamentos e mobiliário. “Com ajuda profissional, você poupa o tempo que gastaria procurando as peças e evita as compras equivocadas”, diz Brunete. Ao menos na teoria, ele não tem habilitação para derrubar paredes ou mexer na parte hidráulica, mesmo que a experiência o autorize. “Nesses casos, é fundamental contar com a assessoria de um arquiteto”, completa a presidente da ABD.

Quanto vai custar?

Os preços cobrados variam muito – podem ser contabilizados por metro quadrado ou hora técnica, por exemplo. Em geral, um projeto assinado por estrelas da decoração e da arquitetura tende a custar mais do que um trabalho executado por profissionais menos conhecidos ou recém-formados. É que nessa balança pesam a fama, a experiência e os custos do escritório. “Evite surpresas solicitando previamente uma tabela de honorários do profissional”, recomenda o designer de interiores Roberto Negrete. Para facilitar, associações como ABD, Asbea e Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) oferecem tabelas e fórmulas para nortear a cobrança (veja quadro nesta página), mas não há lei ou determinação que obriguem os profissionais a segui-las. “A tabela funciona como referência. Não é obrigatória. Em função da concorrência e da crise econômica, a maioria dos profissionais cobra menos do que deveria para manter o cliente”, observa Betty Birger, da Asbea. A remuneração do arquiteto ou decorador, porém, representa uma parte das despesas que você terá ao construir, reformar e decorar sua casa. Deixe claro desde o início quanto pretende gastar no total, somando projeto e execução. Só assim o profissional saberá avaliar quanto cobrar e também que tipo de obra é possível realizar com o orçamento disponível.
Na ponta do lápis
Confira honorários sugeridos por associações de profissionais.
Valor médio por m2 decorado…………………………………………….70 reais
Consulta (com duração de três horas)………………………………..de 100 a 200 reais
Hora técnica (para serviços não previstos no projeto) …………de 75 a 100 reais a hora
Acompanhamento da obra ………………………………………………..de 10 a 15% do custo estimado
Fonte: ABD
Os honorários do arquiteto variam de 1,8% (para área construída maior que 32 mil m2) a 10,8% (área construída inferior ou igual a 125 m2) do custo de execução da obra. Esses valores valem para obras novas e não para reformas ou acréscimos de edificações. Fonte: IAB

Atenção ao contrato

Como toda relação comercial, o trato entre cliente e arquiteto ou decorador pode resultar em descontentamentos – ainda mais quando se leva em conta que a casa é um bem no qual as pessoas depositam grandes expectativas. Para evitar dores de cabeça, faça um contrato claro, com os direitos e deveres de cada parte e o detalhamento da tarefa a ser executada. É importante que o documento traga ainda os prazos de conclusão, o preço e a forma de pagamento (incluindo os serviços que serão cobrados à parte) e as conseqüências de uma eventual rescisão. O publicitário Alex Fabiano Cannos adotou uma postura informal com o arquiteto que projetou sua casa e acabou tendo problemas. “Fizemos apenas um acordo por e-mail. Ele me entregou um croqui e eu, como leigo, não sabia que devia exigir um projeto detalhado. No meio da construção, descobri que o telhado estava errado e rompi com o arquiteto”, conta. Por falta de um documento, Alex não teve como cobrar uma reparação.
Lidar com imprevistos Nenhum contrato, no entanto, é capaz de prever todas as questões que surgem. Para resolvê-las, recorra a bom senso e diálogo. Por exemplo: quem arca com o prejuízo caso o cliente não fique satisfeito com a qualidade de um serviço? “Se fui eu quem recomendou a mão-de-obra, pago a conta”, diz o designer de interiores Roberto Negrete. Em geral, profissionais trabalham com equipes de confiança, mas precisam aceitar indicações do cliente, que aí deveria assumir a responsabilidade pelos problemas. Uma dica preciosa para que tudo dê certo é conversar e acertar os ponteiros sempre que necessário.

O que é reserva técnica?

Esse é um assunto tabu no mercado de decoração. Trata-se de uma comissão oferecida por lojistas e prestadores de serviço aos profissionais que varia de 2 a 30% do montante gasto pelo cliente – o percentual mais comum é 10%. Por envolver valores, muitos decoradores e arquitetos preferem não revelar essa informação ao cliente. A falta de clareza gera conflitos, acredita Brunete Fraccaroli, presidente da ABD. “É um procedimento legal. O profissional está avalizando uma loja ou um fabricante e merece receber por isso”, afirma. Outro problema, segundo Brunete, acontece quando lojistas oferecem desconto ao ver o consumidor desacompanhado, alegando que não vão precisar repassar a reserva. “Ela não pode estar embutida no preço do produto, mas prevista à parte. Do contrário, o cliente se sente lesado”, diz. Na loja Etna, de São Paulo, o procedimento é transparente: o profissional cadastrado recebe um cartão, utilizado sempre que seu cliente efetua alguma compra. Quando acumula determinado número de pontos, recebe uma comissão que vai de 3 a 10%. “A reserva técnica é uma forma de conquistar a fidelidade do arquiteto e do decorador”, diz Allan Simon, gerente de marketing da empresa.
Fonte:  http://casa.abril.com.br/casaclaudia

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